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Promotor interrogou Gustavo, cunhado da Ana Hickmann em Belo Horizonte

O promotor de Justiça Francisco Santiago disse, nesta segunda-feira (18), que vai pedir pena de seis a 20 anos de prisão para Gustavo Corrêa, cunhado da apresentadora Ana Hickmann. Ele foi interrogado em Belo Horizonte em uma audiência sobre a morte de Rodrigo Augusto de Pádua nesta segunda e disse que “faria exatamente tudo de novo porque eu não tive opção”.

A apresentadora Ana Hickmann sofreu um atentado por um “fã” na capital mineira, em maio de 2016. O crime aconteceu dentro de um hotel no bairro Belvedere. Gustavo matou Rodrigo após este atirar contra sua mulher, Giovana Oliveira, assessora da apresentadora.

O cunhado de Ana Hickmann foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio doloso, quando há intenção de matar. O argumento do promotor é que como Rodrigo foi morto com três tiros na nuca, houve excesso de legítima defesa e se configura um crime de homicídio. Gustavo Corrêa disse que não teve opção. “Sempre estive bem aliviado, independente se a decisão fosse favorável ou não porque eu fiz o que eu tinha que fazer para salvar minha família e a minha vida”, contou o réu na saída do interrogatório.

Gustavo comentou o fato de Rodrigo de Pádua estar no hotel com revólver e munição especial. “Ele tinha munição especial e tinha mais cinco balas no bolso. Alguém que vem com dez balas para dentro de um hotel, com uma munição especial, ele não vem pra brincar”, disse. O advogado de Gustavo, Fernando José da Costa, disse acreditar que a juíza não vai levar o processo a júri popular. “O que foi produzido durante toda a instrução, com depoimento, leva à certeza absoluta que os três disparos são sequenciais e é caso de legitima defesa”, disse.

Nesta segunda-feira (18), além do interrogatório de Gustavo, prestaram depoimentos três testemunhas, sendo uma delas o irmão de Rodrigo, Helison Augusto de Pádua, que falou pela promotoria. As outras duas testemunhas, que é a perita contratada pela família da apresentadora e um funcionário do hotel, foram indicadas pela defesa. Este último foi ouvido em São João Nepomuceno, na Zona da Mata de Minas Gerais, por carta precatória, na última segunda-feira (11). A audiência terminou às 11h20.

Nesta fase do processo, a juíza a Ámalin Aziz Sant’ana ouve testemunhas, interroga o réu e, depois, recebe as alegações da acusação e da defesa para decidir se Gustavo será julgado, e como, ou inocentado. Caso a magistrada decida pelo julgamento, Gustavo pode ir a júri popular ou ser julgado pela Vara Criminal comum, onde um juiz decide sem júri.

‘Ninguém sabe quem ele era realmente’
O irmão de Rodrigo, Helison Augusto de Pádua, disse na entrada do Fórum Lafayette, no centro de Belo Horizonte, que o jovem era um rapaz amoroso, estudioso e que “ninguém sabia quem ele era realmente”.

“Não estou justificando a forma como ele chegou e o que aconteceu. Mas uma coisa não justifica a outra. Os áudios [que constam no inquérito] dizem claramente, ele fala claramente: ‘eu não vou matar ninguém. Eu não sou assassino’. Meu irmão nunca brigou. Nunca levou uma briga para dentro de casa”, disse Helison.

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