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A perda do mandato de Cunha já é notícia no Brasil e nos Jornais Internacionais

A cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Câmara repercutiu em jornais estrangeiros. No fim da noite desta segunda-feira (12), o ex-parlamentar perdeu o mandato e se tornou inelegível até 2027 por 450 votos favoráveis, 10 contrários e 9 abstenções.

No The Guardian, Cunha é comparado ao personagem Frank Underwood da série House of Cards. O jornal britânico diz que Cunha é mais uma “vítima de alto calibre” da “sangria política” do país.

A publicação diz, ainda, que o ex-deputado pode agora ser penalizado por envolvimento em esquemas investigados pela Operação Lava Jato.

O norte-americano The New York Times destacou a vantagem “esmagadora” dos votos favoráveis à cassação. No entanto, destaca que o país permanece mergulhado em crises políticas de dimensões “colossais”. O The Washington Post destaca que Cunha é mais um político a cair por escândalos de corrupção. O jornal afirma que ex-deputado perdeu apoio do governo Michel Temer, que ele próprio ajudou a levar ao poder.

O jornal francês Le Monde ressaltou o papel crucial de Cunha na aprovação do início do processo de impeachment do Dilma Rousseff. A publicação destacou uma frase ameaçadora dita pelo ex-deputado: “aquele que assume o papel de juiz hoje deve [saber] que amanhã ele pode ser julgado”. O jornal também descreveu Cunha como “doutor em falcatruas políticas”, que entrou na votação de ontem como “um cadáver político”.

No La Nacion, da Argentina, Cunha é descrito como o homem que “orquestrou” o impeachment de Dilma Rousseff. A publicação relembra o perfil do ex-parlamentar como “ultraconservador” e íntimo dos bastidores do Congresso. Já o jornal espanhol El País destaca que Cunha pode se tornar um “homem-bomba” com potencial de afetar boa parte da classe política do país.

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