Pastora afirma que Gabriel foi para o inferno e causa discórdia e criticas
A morte do cantor Gabriel Diniz na última segunda-feira, 27 de maio, após um acidente aéreo, virou assunto no meio evangélico por conta da declaração de uma pastora dando a entender que o artista estaria no inferno. O pastor Renato Vargens comentou o episódio lamentando a prontidão com que a líder religiosa “condenou” o sertanejo.
“Caiu o avião daquele da [música] Jenifer, meu Deus a vida é um sopro. Cantar para o diabo é um caminho sem volta. O pior de tudo é que foi para o inferno. Por isso que a gente tem que entregar nossa vida para Jesus. Eu entreguei com 27 anos graças a Deus”, afirmou a pastora Julia Tuma em sua conta nas redes sociais.
A repercussão da declaração foi imediata, com portais voltados a celebridades destacando a polêmica e internautas protestando contra a insensibilidade da líder religiosa. No mesmo contexto, Renato Vargens – líder da Igreja Cristã da Aliança e integrante do movimento Coalizão Pelo Evangelho – publicou um artigo se colocando contra esse tipo de manifestação sensacionalista.
“Ainda que eu entenda que a vida pregressa de uma pessoa, a ausência de regeneração na vida do pecador por parte do Espírito Santo, bem como conversão a Cristo legitime a condenação eterna do pecador; eu jamais tomarei (ainda que no passado o possa ter feito) em minhas mãos a prerrogativa de afirmar publicamente que uma pessoa foi para o inferno”, escreveu o pastor no artigo publicado pelo portal Pleno News.
Vargens aponta que as Escrituras não autoriza esse tipo de afirmação: “Essa prerrogativa não é minha. Eu não sou o juiz, o Senhor o é”, disse, listando passagens bíblicas como Salmos 9:8; Salmos 7:11-13; Salmos 98:9; Eclesiastes 12:14; Mateus 25:31-33; Atos 17:31; Apocalipse 20:11-15.
“Ademais, Provérbios 17:15 afirma que aquele que justifica o ímpio, e aquele que condena o justo, um e o outro são abomináveis ao SENHOR. Isto posto, prefiro calar-me diante da morte de alguém confiante exclusivamente no julgamento do justo juiz que não lança ninguém injustamente no inferno”, concluiu.