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“Haddad governador”, esse foi o grito de 400 pessoas em apoio a sua despedida

Você não leu errado: uma semana após perder a reeleição logo no primeiro turno para o tucano João Dória Jr. pelo acachapante placar de 53,3% a 16,7%, o político petista foi homenageado com uma festa que traduzia em tudo o clima do final de seu governo: uma melancolia só.

Não que a derrota tenha sido suficiente para tirar seus defensores mais aguerridos – um amálgama dos ciclistas de sempre com certa brigada hipster-orgânico-progressista – da bolha em que vivem, aquela espécie de Vila Madalena idílica e sem contato com a São Paulo real que castigou Haddad nas urnas. Prova dessa existência numa redoma paralela eram os gritos de ordem da galera. “Haddad governador” era o mais ouvido.

Como de praxe, o quase ex-prefeito fez questão de adoçar a boca dos participantes do ato “Valeu, Haddad”, convocado por meio das redes sociais. Disse aquelas palavras bonitas que, obviamente, contrastam com a feiura eloquente dos buracos na rua, ciclovias que deixam a desejar e outras marcas da gestão. Diante dos fiéis dos últimos dias, Haddad afirmou que a cidade não “está à venda”. E disse mais algumas frases bonitas, mas invariavelmente descafeinadas – pois ninguém é de ferro. “A gente transformou as ruas de São Paulo em nossa moradia”, discursou. E ainda: “Independente de quem estiver no cargo de prefeito, essa cidade não vai deixar de ser das pessoas.”

Sorte que alguém estava ali para lembrar aos presentes que havia um mundo real fora daquela bolha. O colega petista Eduardo Suplicy, ex-senador e vereador mais votado da cidade nesta eleição, disse que continuará caminhando junto com Haddad. E, em meio a balões vermelhos em forma de coração, entoou Homem na Estrada, dos Racionais MCs, e Blowin’ In The Wind, de Bob Dylan – seu hit absoluto. Valeu, Haddad: bye, bye.

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