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Greve contra a politica econômica na Argentina, tem seis prisões, e quatro feridos

Seis pessoas foram detidas e quatro ficaram feridas, em um confronto entre manifestantes e a polícia argentina, segundo informações do jornal La Nacion. As prisões foram realizadas por ordem do secretário de Segurança Eugenio Bruzaco na estrada Panamericana e na Rota 197, local onde o clima dos protestos estava mais tenso entre os militantes de esquerda e oficiais da unidade de segurança Gendarmería.

Segundo relatos da imprensa local, os manifestantes ainda foram dispersados com jatos d’água e bombas de gás lacrimogêneo. Os protestos na Argentina começaram na manhã desta quinta-feira (6), quando as centrais sindicais Confederação Geral do Trabalho (CGT) e a Central de Trabalhadores Argentinos (CTA), em conjunto com professores da rede estadual, decidiram paralisar o transporte público e fechar o acesso às principais vias que dão acesso aos centros urbanos. Em decorrência da paralisação, voos da empresa Aerolíneas Argentinas que sairiam dos aeroportos de Ezeiza e Aeroparque foram cancelados e os trens, o metrô e os ônibus do país não circularão até a meia-noite. A mobilização dos grupos é contra a política econômica do governo argentino e exige aumentos salariais para acompanhar a inflação, que em 2016 foi de 40%. Vários piquetes também complicaram o acesso a Buenos Aires nessa manhã.

Essa é a primeira greve enfrentada por Mauricio Macri desde que ele assumiu o poder no país. O líder sindical dos motoristas de táxi, Omar Viviani, chegou a ameaçar os que furarem a greve, prometendo “virar os carros”. Ele acabou sendo convocado para depor, perante a Justiça, acusado de atentar contra a liberdade do trabalho. Para tentar conter a greve e e incentivar os trabalhadores a comparecerem em seus postos de trabalho em seus próprios veículos, o governo de Buenos Aires decretou a gratuidade dos pedágios das estradas e dos estacionamentos públicos durante todo o dia.  A Argentina, cuja economia recuou 2,3% no primeiro ano do governo Macri, experimentou em janeiro uma leve recuperação, mas a pobreza já atinge 32,9% da população e a produção industrial segue há 13 meses em queda. Para 2017, o país tem uma estimativa para a inflação em 21%, enquanto o governo insiste que será de 17%. Autoridades ainda buscam impor seu índice aos reajustes salariais, enquanto os sindicatos exigem uma recomposição em negociações livres com as empresas.

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