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Governo admite privatizar os Correios por não ter como cobrir rombo de 4 milhões

Os Correios caminham para a privatização, admite o ministro de Ciência, Tecnologia e Comunicações, Gilberto Kassab. Segundo ele, o governo está “sem opção”, uma vez que não tem dinheiro para cobrir o rombo de mais de R$ 4 bilhões acumulado pela estatal nos últimos dois anos.

O ministro é enfático: “Todo esforço deve ser feito para evitar a privatização dos Correios ou de parte da empresa, mas já disse que não há saída. O governo não tem recursos (para socorrer a empresa). Não haverá injeção de recursos nos Correios. Isso é uma decisão de governo”. Kassab admite que o histórico dos Correios é terrível. A empresa foi loteada por políticos (o atual presidente da estatal, Guilherme Campos) foi indicado pelo ministro, que integra a cota do PSD no governo de Michel Temer. Má gestão, corrupção, escolhas erradas e ingerência política se tornaram rotina.

Demissões em massa – A situação está tão dramática, que os Correios podem cortar até 25 mil trabalhadores nos próximos meses. Férias já foram suspensas e contratos com prestadores de serviços, suspensos ou renegociados. “Ou cortamos gastos, fazemos cortes radicais, ou vamos rumar para a privatização”, reforça o ministro. Para a equipe econômica, é inviável socorrer qualquer estatal diante do aperto que o governo está enfrentando para cumprir a meta fiscal. O rombo prometido para este ano nas contas públicas é de até R$ 139 bilhões, mas, se nada for feito, o buraco pode passar de R$ 197 bilhões.

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