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Falta de quórum na câmara pode adiar votação da denúncia contra Temer

A possibilidade de não haver quórum para a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) na Câmara dos Deputados já é considerada por membros da base aliada. De acordo com informações do jornal “O Estado de S. Paulo”, os aliados de Temer acreditam que a oposição poderá obstruir a sessão marcada para a quarta-feira (2), levando ao adiamento da votação em plenário.

A ideia de um grupo da oposição seria não comparecer à sessão para complicar ainda mais a situação do governo e mantê-lo sujeito a novos fatos, já que, atualmente, o placar na Câmara é favorável a Temer . A base aliada afirma que a não apreciação da denúncia manteria a pauta no Congresso paralisada em um momento em que o governo pretende tocar a agenda de reformas, em especial a da Previdência.

Na sexta-feira (28), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que espera o número mínimo de deputados para a votação da denúncia. Segundo ele, a estimativa é de que mais de 480 deputados estejam presentes na votação para votar a admissibilidade de denúncia. “Nosso papel é votar. Quem quiser, vota sim, quem quiser, vota não. Mas não votar é manter o país parado no momento em que o Brasil vive uma recuperação econômica, mas ainda com muitas dificuldades”, disse.

“Acho muito grave que a Câmara não tome uma decisão. Que seja para aprovar ou não [a denúncia]. Isso é uma decisão de cada deputado. O que a gente não pode é deixar o paciente em centro cirúrgico, com a barriga aberta”, acrescentou Maia. O presidente da Casa disse ainda que um possível adiamento paralisaria a pauta do Congresso Nacional. “A melhor solução para o Brasil é que a denúncia seja votada na quarta”. Na contagem do governo, 280 deputados para votar contra a denúncia e a favor do parecer vencedor na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que recomenda o arquivamento do processo contra Michel Temer. O número é suficiente para derrubar a denúncia, mas não garante o quórum mínimo de 342 parlamentares.

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