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Ex-jogador Raí de 52 anos, é o novo Diretor executivo de futebol do São Paulo

Novo diretor executivo de futebol do São Paulo, o ex-jogador Raí concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira (8) no Centro de Treinamento do clube. Ao lado do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, o ídolo são-paulino assumiu o cargo que era de Vinicius Pinotti e ressaltou ter “carta branca” para exercer a função.

“Algumas coisas mudaram, mas é entrar de cabeça no clube, conhecer tudo o que tem hoje. Mas a carta branca foi dada como executivo principal do futebol. Já tem um trabalho em andamento, logicamente que nesse período vou me apoiar em gente que está aqui dentro. Depois colocando em prática minhas ideias”, disse Raí. Essa é a segunda vez que Raí participa da gestão de futebol do São Paulo. Em 2002, quando o presidente era Marcelo Portugal Gouvêa, ele permaneceu três meses como coordenador da equipe.

Aos 52 anos, Raí Souza Vieira de Oliveira é um dos maiores ídolos da história do São Paulo, tendo conquistado um Campeonato Brasileiro (1991), cinco Paulistas (1989, 1991, 1992, 1998 e 2000), além de duas Libertadores (1992 e 1993) e um Mundial de Clubes (1992). Foram 128 gols em 395 jogos com a camisa do clube. Confira os principais trechos da entrevista do novo diretor de futebol do São Paulo:

Sobre experiência como coordenador em 2002:

“Acho que foi uma situação bastante diferente. Estou acreditando muito nesse momento novo do São Paulo. Dedicação integral de seus diretores e integrantes. Bastante busca desse profissionalismo. Naquela época, em 2002, não tinha uma função muito definida. Muito diferente da situação atual. Está claro a minha função. Neste ano faz 30 anos que cheguei ao São Paulo, 25 anos do Mundial. Terminei minha carreira em 2000 e de lá para cá tive várias experiências de empreendedorismo social e também empresarial. Isso me trouxe um conhecimento muito grande nessa parte administrativa. Me sinto muito preparado”.

Demissão precoce de Ceni:

“Isso pesa. No momento, tenho 52 anos e sou independente para tomar minhas decisões. Estou confiante. São novos desafios e o que mais vai importar é o São Paulo. Sei da minha capacidade e sei do que posso agregar para que alcançar isso”.

Dorival Júnior segue no comando:

“O Dorival é o treinador do São Pualo, não é o meu treinador. Acredito muito no trabalho dele e estou muito confiante de que ele possa fazer um bom trabalho. Na minha opinião, esse elenco não precisa de grandes mudanças e vai crescer muito em 2018. Tem uma base forte, mas sempre pode melhorar. O futebol brasileiro tem um equilíbrio técnico muito grande e, com um clima bom de trabalho, acredito que possamos melhorar bastante coisa e fazer com que os jogadores que estão aí possam render muito mais”.

Identidade da equipe:

“O São Paulo precisa construir uma identidade de jogo, estilo, e já não está muito longe com o treinador atual. Quero conversar muito com o Dorival. As primeiras atitudes vão ser nesse sentido, começo de temporada, já construir e criar com a comissão técnica essa questão da identidade de jogo. Precisa ter um estilo próprio, que tenha a ver com sua história, torcida e cultura vitoriosa. Quando cheguei, Cilinho tinha um estilo próprio, depois Telê Santana. O São Paulo tem de criar novamente essa identidade, baseado na própria história”.

Cargo para Diego Lugano:

“Não sei as intenções do Lugano. Ainda não conversei com ele. Uma das minhas crenças que quero colocar no São Paulo é uma equipe que seja independente do São Paulo e crie uma identidade “

Reforços: “Não tem promessa. Fui anunciado ontem, promessa é de muito trabalho e dedicação. Ainda estou tomando pé das negociações, mas em breve vocês [jornalistas] vão saber”.

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