Bolsonaro expressa apoio na construção do terceiro templo Judaico
O presidente Jair Bolsonaro expressou claramente seu apoio à soberania israelense sobre Jerusalém — inclusive na Cidade Velha — quando visitou o Muro das Lamentações, um dos locais mais sagrados do judaísmo, junto ao primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) manifestou uma posição favorável à construção do Terceiro Templo judaico em Jerusalém durante sua viagem a Israel. A iniciativa reforça a compreensão de que a abertura do escritório comercial na capital israelense é apenas um primeiro passo para a transferência da embaixada brasileira para a cidade.
O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente, integrou a delegação brasileira na viagem e revelou que foi assinado um livro de apoio à construção do templo judaico no Monte Moriá, onde atualmente ficam o Domo da Rocha e a mesquita al-Aqsa.
“Quando se assina um livro em que há um projeto de construção de um templo onde hoje é uma mesquita, é uma sinalização de qual é o elemento político-ideológico do presidente Bolsonaro”, afirmou o senador, indiretamente enviando um recado aos analistas políticos que sugerem um recuo no que se refere à transferência da embaixada.
A mudança para Jerusalém, segundo Flávio Bolsonaro, depende de uma revisão profunda do assunto internamente no governo federal. “Eu acho que deve ser uma coisa de cada vez. O Brasil já dá uma demonstração radical de sua linha no relacionamento com os países estrangeiros. Só esse gesto já é um passo importante e progressivo”, explicou o senador, de acordo com informações do portal Metrópoles.
“O presidente e seus ministros vão dar o momento certo de fazer isso [a transferência]. Não tem prazo. Só o gesto que demos agora é tão importante quanto. Essa é a sinalização do elemento político-ideológico do presidente Bolsonaro”, completou.
O “momento histórico” que se tornou a viagem de Bolsonaro a Israel (foi ao Muro das Lamentações acompanhado do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, em um gesto inédito da parte israelense) foi comemorado por Flávio: “Sinaliza que o Brasil quer estar próximo de Israel, numa linha antagônica. A política externa brasileira vai se reorganizando e vamos mostrando que vamos negociar com democracias consolidadas e que tem muito a oferecer ao Brasil”.