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Ariana Grande fez show na Capital Paulista sem apresentar novidades alguma

Os arredores do estádio Allianz Parque, foi marcado por uma invasão de tiaras com orelhas de gatinho. O adereço é símbolo da cantora americana Ariana Grande, 24, e da sua legião de fãs, conhecidos como Arianators. Para sua segunda passagem pelo Brasil -a primeira foi em 2015, no mesmo Allianz Parque- a expectativa era alta. Em parte pelo sucesso de seu último álbum, “Dangerous Woman” (2016), em que apresenta um pop mais crescidinho, em parte pelo recente episódio de Manchester (Inglaterra), em que, ao fim de uma apresentação da cantora, um ataque suicida deixou 22 mortos.

Ocorrido em maio, o atentado motivou uma suspensão temporária da turnê. Os shows no Brasil -ela também esteve no Rio na última quinta (29)-, foram uns dos primeiros depois do breve hiato. A segurança reforçada refletiu a preocupação pós-tragédia, com policiais militares e caminhões da Choque escoltando a região e revista mais cautelosa do público na entrada do estádio.

Dentro do Allianz Parque, o clima era de festa matinê: o público de Ariana é formado por crianças e adolescentes, muitos acompanhados dos pais, e jovens de, no máximo, 20 e poucos anos. A apresentação estava marcada para às 20h. Com alguns minutos de atraso, um vídeo da cantora fazendo caras e bocas iniciou a contagem regressiva para o início do show, cujo roteiro já era conhecido por quase todos ali: teria quatro partes e um bis, ela começaria cantando “Be Alright” e encerraria com “Dangerous Woman”. No recheio, seus principais hits.

Apesar da baixa estatura -ela tem 1,53 m-, Ariana tem boa presença de palco. Dona de uma afinada voz de soprano lírica, ela exibe seus dotes artísticos sem esforços e encanta o público, que entoa junto as canções, apresentadas da maneira como estão nos álbuns. Mas só. Não há grandes pirotecnias -além dos telões, que exibiam vídeos complementares às canções, foram poucas as “graças” apresentadas durante o show- ou até mesmo interações com o público, além de um ou outro “Obrigada, São Paulo”, a sensação que fica é a de que ela ainda precisa se mostrar mais para entrar para o hall das gigantes do pop.

As poucas palavras com o público, alguns dizem, são devido ao trauma sofrido pelo atentado. No momento mais emocionante do show, ela canta uma poderosa versão de “Somewhere Over the Rainbow”, famosa na voz de Judy Garland, com um símbolo de luto estilizado com as orehinhas de coelho que simbolizam a atual turnê. Uma bela homenagem às vítimas do ataque.

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