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A grande comissão, ou a grande missão da Igreja aqui na terra

“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28.19-20).

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado. Estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados” (Mc 16.15-18).

“e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando em Jerusalém. Vós sois testemunhas destas coisas. Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24.46-49).

Nestes três textos vemos três aspectos distintos daquilo que chamamos de “a Grande Comissão” ou “a Grande Missão da Igreja”. Mateus enfatiza o ensino: fazer discípulos, ensinando; Marcos salienta a pregação: evangelismo acompanhado de sinais e maravilhas, libertação de demônios e cura; e Lucas, por sua vez, confirma e sintetiza as ênfases anteriores: ensino e pregação (“que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações”), acrescentando, porém, o permanecer, na cidade, até serem revestidos de poder do alto. Ou seja, o congregar, o ser igreja, o ser corpo de Cristo com todos os membros capacitados por Deus e cheios do Espírito Santo.

Lemos nas cartas de Paulo aos Romanos (Rm 12.3-8), aos Efésios (Ef 4.11-12), e aos Coríntios (1Co 12.4-31) a cerca dos dons de Deus, de Cristo e do Espírito, concedidos aos santos para que estes desempenhem sua função no corpo de Cristo, cumprindo dessa forma o “Ide!”, a ordem da grande missão da Igreja. Está bastante claro nestes textos que Deus quer ver seu plano de ter muitos filhos semelhantes a Jesus, sendo executado por todos nós. Para isso, ele distribui, como lhe apraz, vários e diferentes dons sobrenaturais, habilidades e talentos naturais para a execução de seu propósito eterno.

‘IR OU NÃO IR’, EIS A QUESTÃO
É interessante notar o “Ide” desses textos. Seja “Ide!” ou “Indo”, o mais importante é que temos que ir. Deus não nos quer parados! Dar uma ‘paradinha’ de vez em quando, separar tempo para a comunhão com Deus, descansar com a família, gozar as férias: tudo isso é bom e necessário! Mas a ociosidade não é boa aos olhos de Deus; na Bíblia encontramos muitos exemplos de que Deus só usa os que estão trabalhando, não os que não estão fazendo nada (estes não fazem parte de uma missão).

DIFERENTES FUNÇÕES
Paulo escreveu aos Romanos: “Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função, assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros, tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada […]” (Rm 12.4-6).

A partir dessa verdade, somando-a ao “ide” de Jesus, podemos concluir que todos, sem exceção, devemos ir, devemos fazer discípulos, devemos servir. Missionário não é somente aquele que vai para outro país pregar o Evangelho. Missionário é aquele que tem uma missão!

Pastores: Edvaldo Sousa e Weider Santiago

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