Uma alma é abatida quando privada da comunhão com Deus
“Ora, nós esperávamos que fosse ele quem havia de redimir a Israel; mas, depois de tudo isto, é já este o terceiro dia desde que tais coisas sucederam” (Lucas 24:21). Os fatos apresentados pelos discípulos estavam corretos, mas as conclusões a que chegaram observando os fatos estavam erradas.
O abatimento espiritual surge de uma dessas duas fontes: ou satisfiz uma concupiscência ou não a satisfiz. Em ambos os casos, o resultado é o abatimento. Concupiscência significa: “tenho que obtê-lo agora!” A concupiscência espiritual me faz exigir do Senhor uma resposta, em vez de buscar o próprio Deus que provê a resposta.
O que estou esperando e crendo que Deus fará? É hoje o “terceiro dia” e Ele ainda não fez o que eu esperava? Por esse motivo, tenho justificativa em estar abatido e culpando Deus?
Sempre que insistimos que Ele responda à nossa oração, nos desviamos do caminho. O propósito da oração é firmar-se em Deus, não obter uma resposta. É impossível estar bem fisicamente e sentir-se esgotado, porque o esgotamento é um sinal de enfermidade. E essa é uma verdade também do ponto de vista espiritual.
“A maior parte das escrituras os Salmos falam por nós a Deus”. É por isso que têm tanto valor para nós. Neste salmo 42 percebemos que o salmista está infeliz, confuso, perturbado emocionalmente, por isso, diz a si mesmo: “Por que estás abatida ó minha alma, e porque te perturbas em mim?”.
Esta declaração aparece duas vezes, versículos 5 e 11, e também no salmo seguinte, o 43, o que leva alguns a dizerem que os dois formam um único salmo. Este detalhe não é o mais importante para nós, e sim, sabermos como o salmista entrou neste estado de alma e os passos que tomou para sair dele.
A Bíblia revela que Jesus nos trouxe vida com qualidade e quantidade. Ela é eterna e ao mesmo tempo abundante para o presente (João 10:10).