Polêmica: Estados Unidos inaugurou oficialmente embaixada em Jerusalem
Em uma polêmica cerimônia, os Estados Unidos inauguraram, oficialmente, sua embaixada em Jerusalém, nesta segunda-feira, dia marcado por protestos violentos na fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel. A cerimônia começou com o hino nacional americano e contou com a presença de centenas de autoridades americanas e israelenses.
Essa inauguração cumpre uma das mais polêmicas promessas de política externa do presidente Donald Trump, ignorando a reprovação internacional e a indignação palestina. O ato coincide com o dia mais letal do conflito palestino-israelense desde 2014. Pelo menos 37 manifestantes palestinos morreram nesta segunda por disparos israelenses em protestos na Faixa de Gaza. “Hoje, cumprimos uma promessa feita ao povo americano e damos a Israel o mesmo direito que a qualquer outro país: o direito de designar sua capital”, declarou o embaixador dos Estados Unidos, David Friedman, no início da cerimônia.
Comprometimento com a paz
Donald Trump, afirmou que seu país está “totalmente comprometido” em facilitar um “acordo de paz duradouro” no Oriente Médio. O comentário foi feito em vídeo pré-gravado exibido durante a cerimônia. No fim do ano passado, numa decisão que gerou revolta nos territórios palestinos e a indignação de vários líderes mundiais, Trump decidiu transferir a representação diplomática dos EUA de Tel-Aviv para Jerusalém.
Ainda na gravação, Trump disse que os EUA estendem uma “mão de amizade” a Israel e palestinos e respeitam o status quo de locais religiosos em Jerusalém. A placa da nova embaixada dos EUA em Jerusalém foi revelada pelo Secretário de Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, e por Ivanka Trump, filha do presidente americano.
Em discurso na cerimônia, Jared Kushner, marido de Ivanka e conselheiro de Trump, disse que a inauguração da embaixada mostra que os EUA “farão o que é certo” e fortalece os laços entre Washington e Israel. Mais cedo, ao menos 37 manifestantes palestinos morreram em confrontos com militares israelenses na cerca que divide a faixa de Gaza e Israel, no dia mais letal na região desde a guerra de 2014.