Pesquisa diz que 82% dos brasileiros desaprovam o governo Temer
Após greve dos caminhoneiros, taxa de brasileiros que consideram governo ruim ou péssimo supera recorde anterior, de 73%, alcançado pelo presidente em 2017. Forças Armadas são instituição em que população mais confia.Segundo pesquisa do instituto Datafolha divulgada neste domingo (10/06), Michel Temer quebrou o próprio recorde como presidente mais impopular desde a redemocratização do país: 82% da população consideram o governo do emedebista ruim ou péssimo.
A taxa aumentou 12 pontos percentuais em relação aos 70% de reprovação registrados em abril, e nove pontos percentuais em relação ao recorde anterior, de 73%, computado em setembro passado. Dilma Rousseff alcançou 71% de reprovação em agosto de 2015; José Sarney, 68% em setembro de 1989; e Fernando Collor, 68% em maio de 1992.
A nova pesquisa foi realizada após a recente greve dos caminhoneiros que parou o Brasil. Somente 3% dos entrevistados avaliaram o governo Temer como ótimo ou bom, e 14%, como regular.
O Datafolha consultou 2.824 pessoas entre 6 e 7 de junho, em 174 municípios. O aumento da impopularidade se deu em todo o país. Na região Nordeste, a taxa de reprovação ao presidente chegou a 87%, enquanto no Sul e no Sudeste, foi de 80%.
Logo após assumir interinamente presidência, em meio ao processo de impeachment de Dilma, Temer era rejeitado por 31% dos brasileiros em meados de 2016. No ano seguinte, a reprovação chegou a 69% na sequência da delação da JBS, e voltou a subir com denúncias de corrupção contra o presidente.
O Datafolha aponta também que as Forças Armadas são a instituição com maior credibilidade entre a população: 37% confiam, 41% confiam um pouco nos militares, e 20% não confiam. Quanto ao Supremo Tribunal Federal (STF), 14% confiam muito, 43% confiam pouco, e 39% não confiam. A imprensa, conta com apenas 16% de confiança elevada, enquanto 45% confiam um pouco nos veículos de comunicação, e 37% não confiam. As instituições que gozam de menor credibilidade entre os brasileiros, por sua vez, são os partidos políticos (68%), o Congresso (67%), e a presidência (64%).