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Pastora Juliana Salles é presa uma semana após conseguir liberdade

A pastora Juliana Salles foi presa novamente na tarde desta quarta-feira (14), uma semana após conquistar na justiça a liberdade provisória. O Ministério público de Linhares recorreu da decisão do juiz André Dadalto, que mandou soltar a pastora no último dia 7 de Novembro.

Juliana foi detida em um estabelecimento comercial enquanto fazia compras com uma amiga por volta das 15h30, no centro da cidade de Teófilo Otoni MG. A pastora foi levada para delegacia onde recebeu a visita dos seus advogados, e supostamente já foi encaminhada para o presídio de Teófilo Otoni.

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça Criminal de Linhares, informou que o juízo da 1ª Vara Criminal de Linhares atendeu ao requerimento formulado pelo MPES, no recurso interposto e reconsiderou a decisão anterior decretando novamente a prisão da pastora. Na semana passada o pai e a avó de Kauã, fizeram um protesto no centro da capital Vitória, logo após a decisão da justiça, que resultou na soltura da pastora Juliana. Juliana estava presa desde o dia 20 de junho pelo crime que revoltou o Brasil quando seu esposo, o pastor George Alves, agrediu e matou o filho Joaquim, de 3 anos, e o enteado Kauã, de 6.

LIBERDADE PROVISÓRIA NA SEMANA PASSADA
Juliana havia ficado presa anteriormente desde o dia 19 de junho, quando foi detida em Minas Gerais, em cumprimento ao mandado de prisão expedido pela 1ª Vara Criminal de Linhares. Na ocasião, foi aceita a denúncia do Ministério Público Estadual que acusou a pastora de ter conhecimento do risco que as crianças sofriam por estarem sozinhas com o pastor George, o que caracteriza omissão por parte de Juliana.

LIBERDADE GEROU REVOLTA EM PAI DE KAUÃ – Em breve conversa com o Gazeta Online, o pai biológico de Kauã, Rainy Butkovsky, expressou sua indignação com a novidade. “Só tem safado na Justiça brasileira; a Justiça é uma fábrica de monstros”, desabafou, reforçando que não comentaria mais sobre o caso.

Para o advogado Siderson Vitorino, que assessora o pai de Kauã, a saída da pastora do Centro Prisional Feminino de Cariacica, foi um absurdo. A decisão do juiz vai de encontro com as regras do Código Penal, que permite a prisão preventiva para preservação da ordem pública, processual e a garantia da aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime. Juliana é acusada de fraude processual e foi presa em Minas Gerais”, disse.

O CRIME
Na madrugada do dia 21 de abril de 2018, os irmãos Kauã e Joaquim morreram carbonizados na casa onde moravam, em Linhares. O pastor Georgeval Alves, pai de Joaquim e padrastro de Kauã, estava sozinho na residência com as crianças.

No dia 28 do mesmo mês, o pastor foi preso após a Justiça expedir um mandado de prisão temporária por 30 dias porque o homem estava atrapalhando as investigações do incêndio que matou as crianças. As declarações mentirosas e contraditórias dadas por George Alves levaram a Polícia Civil a desconfiar de que a morte dos irmãos Joaquim, de 3 anos, e Kauã, de 6 anos, não havia sido provocada por um incêndio acidental.

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