Ofensiva dos EUA contra as base militar da Síria, matam pelo menos seis pessoas
Os Estados Unidos bombardearam uma base aérea da Síria. As Forças Armadas da Síria informaram que seis pessoas morreram no ataque, sem especificar se elas eram militares ou civis. Horas antes, o Observatório Sírio de Direitos Humanos havia informado que quatro militares da base área morreram após o bombardeio. A ofensiva foi uma retaliação ao ataque com armas químicas realizado na terça-feira (4) contra civis atribuído às tropas do ditador Bashar Assad — o governo sírio nega ter utilizado armas químicas na ocasião.
Este foi o primeiro ataque direto norte-americano contra o governo de Assad desde que começou a guerra civil no país. A ofensiva norte-americana disparou 59 mísseis em cerca de um minuto. Ainda não há informações oficiais de feridos ou se outros locais foram atacados pelos mísseis que partiram de navios posicionados no Mar Mediterrâneo. Em pronunciamento, o presidente americano, Donald Trump, disse que ordenou a operação e acrescentou que, apesar da negativa de Assad, não há dúvidas de que o governo sírio utilizou armas químicas.
“É interesse vital da segurança nacional dos Estados Unidos prevenir e impedir a disseminação e o uso de armas químicas”, disse Trump. “Não pode haver dúvida de que a Síria usou armas químicas proibidas, violou suas obrigações sob a convenção de armas químicas e ignorou os alertas do Conselho de Segurança da ONU.” Os mísseis Tomahawk foram lançados em direção à província de Homs, de onde os Estados Unidos entenderam que partiu o bombardeio com armas químicas da última terça-feira. Naquela oportunidade, dezenas de pessoas, incluindo crianças, morreram. O ataque havia ocorrido uma semana após o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, e a embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, terem dito que o foco do país na Síria era conter os militantes do Estado Islâmico, e não retirar Assad do poder. Na ocasião, o ministro das Relações Exteriores da França afirmou que o suposto ataque com armas químicas era uma forma de testar o governo Trump e instou Washington a esclarecer sua posição sobre Assad.