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Michelle não quer imagem de “santo e orixás” no Palácio do Planalto

As mudanças do futuro governo não serão apenas no quadro de pessoal em Brasília. O local que receberá o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), e sua família também sofrerá transformações. Obras de arte com imagens sacras devem ser retiradas do Palácio da Alvorada, a pedido da nova primeira-dama, Michelle Bolsonaro. A informação é do jornal Folha de S. Paulo. De acordo com a reportagem, funcionários do Palácio do Planalto afirmaram que a mudança deve acontecer porque a mulher de Bolsonaro demonstrou interesse em remover os objetos.

Michelle é evangélica e frequenta a Igreja Batista Atitude, no Rio de Janeiro. As denominações da religião não costumam venerar esculturas de santo. As imagens serão removidas para o Palácio do Jaburu, residência do vice. Hamilton Mourão, confirmou o recebimento das esculturas, incluindo uma representação em madeira de Santa Bárbara, do século 18.

Funcionários do Palácio do Planalto disseram a Folha de São Paulo que a transferência foi requisitada pela futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que é evangélica. O ex-curador da Presidência da República Rogério Carvalho, revela que não é a primeira-vez que esse tipo de pedido é feito.

O presidente Ernesto Geisel, que era luterano, quando ocupou a residência pediu a retirada da pintura “Orixás”, de Djanira da Motta. A obra, uma tela de grande formato de divindades do candomblé, só voltou a ser exposta numa residência ooficial a pedido da ex-primeira-dama Ruth Cardoso. Essa mesma pintura não ficará mais na residência da presidência. Procurada pela reportagem, a assessoria da futura primeira-dama informou que ela não tinha interesse em falar com o jornal Folha de S.Paulo.

Saiba mais sobre Michelle

Michelle, que é natural de Brasília, chama a atenção por seu jeito simples. Não gosta de roupas chamativas, não frequenta baladas, é muito religiosa e “linha dura” com as duas filhas: Letícia Aguiar, de 16 anos, fruto de um relacionamento anterior, e Laura, de 8 anos, do casamento com Bolsonaro.

Envolvida nas causas de pessoas com deficiência, Michelle faz parte do Ministério de Surdos e Mudos da Igreja Batista Atitude, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Lá, ela atua como intérprete de libras nos cultos que acontecem aos domingos. Antes de mudar para a Igreja Atitude, Michelle frequentou por muitos anos a Assembleia de Deus Vitória em Cristo, também na Barra, que tem como pastor Silas Malafaia. Foi ele quem celebrou a união religiosa de Jair e Michelle, em 2013.

Mãezona
Com as filhas, o pulso é firme. Michelle é “mãezona encrenca”. A expressão para definir Michelle como mãe nasceu do próprio Jair, segundo amigos. “Ela não dá mole para as gurias. Está sempre observando o que elas fazem, acompanha tudo. Bolsonaro diz que quando ela está no comando, brigando com as filhas, ele nem se mete com medo”, diz Malafaia, aos risos.

Ajudar as pessoas
“Uma mulher forte e sensível, dedicada à causa das pessoas com deficiência”. Nas imagens exibidas na TV, Michelle explica que aprendeu libras sozinha e que tem se empenhado a ajudar pessoas. “Minha mãe ensinou que a gente não podia negar água nem comida pra ninguém. E a gente cresceu com isso. Eu tenho um tio surdo, e ele que plantou essa sementinha na minha vida. Me despertou amor pelas libras, fui estudar e aprendi sozinha, e esse amor só foi aumentando. ”

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