IPCA confirma inflação de 0,24% em julho, 1ª deflação em 11 anos no Brasil
A inflação no Brasil, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), foi de 0,24% em julho. A taxa subiu em relação a junho, quando ficou em -0,23%, a primeira deflação em 11 anos no país. Mas é menos da metade dos 0,52% de julho de 2016. Os dados foram informados na manhã desta quarta-feira (09) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O acumulado da inflação em 12 meses ficou em 2,71%, a mais baixa desde fevereiro de 1999 (2,24%) e abaixo do piso da meta.
A lei define que o governo deve perseguir uma inflação anual de 4,5% com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima (6%) ou para baixo (3%). A mediana das estimativas em uma pesquisa da Bloomberg previa 0,18% no mês e 2,65% no acumulado anual.
Dos 9 grupos monitorados pelo IBGE, 5 tiveram queda de preço em julho. Alimentação e Bebidas, que responde por um quarto do peso da cesta pesquisada, caiu pelo terceiro mês consecutivo. O grupo Habitação teve a maior virada: de -0,77% em junho para 1,64% em julho. Isso foi resultado de altas na energia elétrica, item que adicionou sozinho 0,20 ponto percentual na taxa do mês.
A bandeira tarifária amarela foi ativada a partir de 01 de julho, o que adiciona R$ 2,00 a cada 100 Kwh consumidos. Além disso houve aumento na parcela do PIS/COFINS na maioria das regiões. O aumento na alíquota do PIS/COFINS sobre combustíveis foi anunciado no dia 20 de julho e a maior parte do seu impacto deve ficar para agosto. Mas ele já ajudou a causar altas de 0,73% no litro do etanol e de 1,06% no litro da gasolina após vários reajustes para cima e para baixo na refinaria ao longo do mês. Isso ajudou a levar o grupo Transportes de uma queda de -0,52% em junho para uma alta de 0,34% em julho.