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Google e o WhatsApp terão que removerem vídeos da boneca “Momo”

Na última semana, a boneca Momo ressurgiu no centro de uma polêmica, quando vídeos infantis passaram a ser interrompidos pela personagem com orientações para que as crianças se suicidassem.

O assunto tomou proporções tão grandes que o MP-BA (Ministério Público da Bahia) notificou tanto o Google quanto o WhatsApp para que impeçam a difusão da imagem da boneca. A notificação partiu do Nucciber (Núcleo de Combate a Crimes Cibernéticos) do MP-BA, que decidiu agir diante da repercussão que o caso tomou nos últimos dias.

Em contato com o site G1, o promotor Moacir Nascimento, admitiu que, no entanto, não há casos registrados de jovens que tenham se ferido por seguirem as orientações apresentadas nos vídeos. O Google já estava tomando algumas providências para limitar a difusão deste conteúdo. A empresa afirma que em nenhum momento a personagem Momo passou pelo filtro para exibição no YouTube Kids, alegando que pais talvez tenham se confundido com o YouTube convencional.

Além disso, vídeos que utilizem a personagem Momo passaram a ser desmonetizados, reduzindo o incentivo de publicação de tal material. Agora, o YouTube também pode ter que remover esses vídeos de forma definitiva.

O caso do WhatsApp tende a ser mais complicado. O Facebook, empresa que controla o WhatsApp, já teve inúmeros problemas com a justiça por ter pouquíssimo controle sobre o que circula pelo aplicativo, já que o material é protegido por criptografia de ponta a ponta.

Não é a primeira vez que usuários relatam que o YouTube Kids exibiu conteúdo inadequado para crianças e é mais um lembrete de que sistemas de recomendação na internet são bastante problemáticos e podem ser usados para espalhar teorias conspiratórias e desinformação em geral. Por isso, é fundamental que os pais acompanhem de perto o conteúdo consumido pelos filhos para garantir que eles vejam coisas adequadas às suas idades.

Controle do conteúdo

“Os pais têm de dizer o que está acontecendo, que está aparecendo uma bonequinha, que se ela aparecer o filho deve avisar. Tem de ser direto”, orienta especialistas. É preciso explicar para a criança que a Momo não existe, que não é para ouvir o que ela fala, pois ela diz coisas erradas e que nada de ruim vai acontecer, nem para os filhos nem para os pais. “É preciso deixar claro que se trata de uma invenção, de um mentira, que não é para acreditar nela.”

Não deixar que as crianças naveguem por onde bem entenderem é dever dos pais. “A gente tem vários meios de prevenir isso, ativar as configurações de segurança e controles parentais. Os pais não precisam deixar de trabalhar para monitorar isso, os links a que as crianças têm acesso chegam no celular. É só configurar”. É importante, segundo a especialista, que os pais alertem seus filhos sobre possíveis interrupções nos vídeos ou jogos. “A recomendação de não falar com estranhos, não aceitar bala de desconhecidos, vale também para a Internet. Os filhos têm de saber que não podem dar dados, não podem falar com quem não conhecem”. Crédito ao R7.

gospelmund.com