Equipe econômica de Temer fixa meta fiscal: Rombo de R$ 159 bilhões
O presidente Michel Temer bateu o martelo quanto à nova meta de rombo fiscal. O valor foi fixado mesmo em R$ 159 bilhões de déficit para 2017 e 2018. O anúncio será feito pelo governo na próxima quarta (16), acompanhado por medidas de arrocho fiscal. Com a mudança, o buraco nas contas da União será R$ 20 bilhões maior do que o previsto inicialmente para este ano (R$ 139 bilhões). Em 2018, o déficit aumentou em 30 bilhões na comparação com o previsto inicialmente (R$ 129 bilhões).
Padilha informou que o governo deve fazer novas concessões para aumentar a receita. Questionado se poderá haver aumento de impostos também com o objetivo de aumentar a arrecadação, o ministro disse que isso já foi feito e que agora o governo trabalha para reduzir despesas e aumentar receitas. “Aumento de impostos já fizemos. Aumento de imposto que o presidente Temer não gostaria de ter feito, já fez. Agora estamos trabalhando com redução de despesas e aumento de receita.”
Sobre a possibilidade de adiar de 2018 para 2019 o reajuste dos servidores públicos, Padilha disse que “ainda são estudos que estão sendo feitos pela área econômica”. Articulador político do governo, o ministro da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy, tem participado das reuniões sobre a revisão da meta fiscal e negou que tenha havido pressão de parlamentares sobre o governo para que o déficit seja ampliado de R$ 139 bilhões para R$ 170 bilhões. Isso não é verdade, disse.
Segundo Imbassahy, nas reuniões dos últimos dias, parlamentares e a equipe econômica também discutiram uma nova proposta de Refis (Programa de Recuperação Fiscal). “Está se avançando. É uma coisa complicada porque você tem que, ao tempo, buscar o equilíbrio fiscal e a justiça de quem está pagando”, explicou. Nos últimos dias, o presidente Michel Temer fez várias reuniões com ministros das equipes econômica, política e com parlamentares para discutir o aumento da meta de déficit primário para este ano e para 2018. O déficit primário é o resultado negativo nas contas do governo, desconsiderando os juros da dívida pública. Com informações da Agência Brasil.