Donald Trump quer retirar acesso dos meios de comunicação à Casa Branca
O presidente dos Estados Unidos admitiu esta quarta-feira a possibilidade de retirar as credenciais da Casa Branca aos meios de comunicação que considera que estão a informar negativamente sobre o seu governo. “Por que trabalhamos tanto com os meios de comunicação quando estão corruptos? Retiramos credenciais?”, escreveu Donald Trump na sua conta na rede social Twitter.
Este é o último ataque do multimilionário à comunicação social, a quem acusa, desde que era apenas candidato presidencial, de manipular as notícias para lhe serem negativas. A presidente da Associação de Correspondentes da Casa Branca (WHCA, na sigla em Inglês), Margaret Talev, assegurou em comunicado posterior que o facto de “o Presidente não gostar da cobertura da comunicação social, isso não a converte em falsa”.
No seu texto, Talev acrescentou: “Uma imprensa livre deve poder informar sobre o bom o mau, o transcendental e o mundano, sem temor nem favores. E um Presidente que evite que uma imprensa livre e independente cubra o funcionamento da nossa república seria um assalto desmedido à Primeira Emenda” da Constituição.
Trump tem sido muito crítico com a comunicação social, e inclusive pretendeu alterar o protocolo das conferências de imprensa diárias do porta-voz da Casa Branca, mas nunca insinuara a possibilidade de retirar credenciais aos meios. Na sua mensagem, Trump aludiu a um estudo que apurou que 91% das notícias publicadas nas estações de televisão sobre ele são negativas para si.
Pouco depois, os apresentadores do seu programa televisivo favorito, o “Fox & Friends”, da estação de televisão Fox News, discutiram o estudo, realizado pelo Centro de Estudos Mediáticos, baseado nas emissões dos programas noturnos das cadeias ABC, CBS e NBC, entre janeiro e abril. Durante a sua campanha presidencial, a equipa de Trump chegou a proibir a entrada a vários meios de comunicação nos seus comícios.
