Cristão diz que a Bíblia não trata bebidas alcoólicas como pecado
As opiniões dos cristãos americanos sobre o consumo de bebidas alcoólicas permaneceram estáveis na última década, de acordo com um novo estudo. Apenas 41% dos fiéis evangélicos admitem beber, aponta uma pesquisa divulgada pelo Instituto de pesquisas LifeWay, voltado para questões religiosas.
Em uma pesquisa similar realizada em 2007, a LifeWay descobriu que 39% dos evangélicos diziam consumir bebidas alcoólicas, enquanto 61% afirmavam que não.
“Enquanto o consumo de álcool continua a ser visto como algo comum na sociedade, as atitudes dos fiéis sobre o uso de álcool não mudaram muito na última década”, avalia Scott McConnell, diretor executivo da LifeWay.
Quase 9 em cada 10 fiéis (87%) concordam que as Escrituras dizem que as pessoas nunca devem ficar bêbadas. Eram 82% em 2007.
Porém, quando se trata de abstinência, menos de um quarto (23%) dos evangélicos acreditam que as Escrituras indicam que as pessoas nunca devem beber álcool. A maioria (71%) discorda.
Quando os cristãos bebem socialmente, muitos fiéis acreditam que isso pode fazer com que outros crentes ‘tropecem’ ou se escandalizem. Segundo a Lifeway, 60% concordam com essa afirmação.
Os pesquisadores também constataram que mais da metade dos fiéis (55%) dizem que as Escrituras não tratam a ingestão de bebidas alcoólicas como pecado.
“As perspectivas das pessoas que frequentam a igreja sobre o álcool não estão mudando muito”, disse McConnell. “A maioria acredita que biblicamente podem beber, mas preferem não fazê-lo”.
Variações
As opiniões relacionadas ao uso de álcool variam de acordo com a idade, grau de instrução, afiliação denominacional e outros fatores demográficos.
Por exemplo, luteranos (76%) e metodistas (62%) são mais propensos a dizer que bebem do que os batistas (33%), frequentadores de igrejas não denominacionais (43%) e membros de igrejas Pentecostais/Assembleias de Deus (23%).
Metade dos evangélicos com idades entre 18 e 34 anos dizem beber álcool. O percentual vai caindo nas demais faixas etárias, com o menor índice (32%) entre os que tem 65 anos ou mais.
Evangélicos com educação superior são mais propensos a dizer que bebem do que aqueles com menos tempo de estudo formal. Os que possuem pós-graduação são mais propensos a dizer que bebem álcool (62%), seguido por aqueles com um diploma de bacharel (59%), e os que tem ensino médio ou menos (26%).