Chapa Dilma/Temer entra na fase de votação confiantes da absolvição pelo TSE
O julgamento da chapa Dilma/Temer será retomado a partir das 9h desta sexta (9) com o voto do ministro Herman Benjamin. O relator iniciou a leitura do voto na sessão de ontem (8) e por mais de cinco horas sinalizou que vai condenar a chapa por abuso de poder econômico nas Eleições 2014. Com o visível cansaço dos ministros da corte, que já se debruçam sobre o assunto desde terça (6) por mais de 17 horas no total, a sessão de ontem (8) foi suspensa antes do término do primeiro voto.
Depois de Benjamin, votam os ministros Napoleão Maia Nunes, Admar Gonzaga, Tarcísio Vieira, Rosa Weber, Luiz Fux e o presidente da Corte, Gilmar Mendes, nesta ordem. Já há um entendimento entre os ministros que, tirando o relator, cada um usará vinte minutos para votar. Com isso, a previsão é que o julgamento termine nesta sexta, mas já há sessões marcadas para sábado, caso seja necessário. Durante as manifestações ao longo do julgamento, que começou na terça-feira (6), os ministros sinalizaram como devem votar: Gilmar Mendes, Napoleão Maia Nunes e os recém indicados por Temer Admar Gonzaga e Tarcísio Vieira devem votar pela absolvição, enquanto Rosa Weber e Luiz Fux devem acompanhar o relator e votar pela condenação.
Os advogados da defesa não comemoram vitória, mas se mostram visivelmente confiantes com a absolvição >>A gente só trata de vitória depois que houver decisão final. O tribunal está analisando todas as teses, vamos aguardar. Não há nenhuma prova nesse processo que possam ser apuradas nessa ação. Eu fiquei satisfeito enquanto advogado e operador do Direito porque hoje o TSE reconheceu a garantia do devido processo legal. A gente defendia que essas provas não poderiam ser utilizadas, eu me preocupava que essas provas, dois anos depois e sem relação com a petição inicial fossem utilizadas.
O motivo de confiança da defesa se deve pelo fato de a maioria do tribunal ter entendido que as delações da Odebrecht não podem ser utilizadas na ação. A maioria do tribunal já entendeu que essa era uma prova que não poderia ser utilizada. Para o ministro Herman Benjamin, no voto lido até agora, a campanha de 2014 foi irrigada por propina de contratos superfaturados da Petrobras.