Chanceler Angela Merkel venceu eleições na Alemanha com 33,5% dos votos
A chanceler alemã, Angela Merkel, admitiu que queria “um resultado melhor”, apesar de conseguir ser reeleita para um quarto mandato nas eleições gerais realizadas neste domingo, e se comprometeu a “reconquistar” o eleitor da ultradireitista Alternativa para a Alemanha (AfD).
A União Democrata Cristã (CDU) e a União Social Cristã (CSU) da Baviera conquistaram entre 32,5% e 33,5% dos votos, à frente dos social-democratas do SPD de Martin Schulz, com entre 20% e 21%, segundo as pesquisas de boca de urna dos canais públicos ARD e ZDF. Caberá a Merkel, que admitiu que esperava “um melhor resultado” no pleito, buscar um ou mais parceiros para formar o próximo governo. O SPD já indicou que permanecerá na oposição, após quatro anos no governo.
A vitória já esperada de Merkel é ofuscada pelo resultado do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) que, com 13% dos votos, segundo as pesquisas, será a terceira força política do país. Vamos mudar o país (…) vamos caçar Madame Merkel. Vamos recuperar nosso país – prometeu Alexander Gauland, um dos líderes do AfD.
“Atingimos o objetivo estratégico”, afirmou a líder conservadora, na sede da União Democrata-Cristã (CDU), destacando que nenhuma outra formação, fora a sua, poderá tentar formar uma coalizão de governo.
A aliança conservadora de Merkel se impôs nas eleições gerais com 32,7% dos votos, 12% a mais que o Partido Social Democrata (SPD), conforme a pesquisa de boca de urna feita pela emissora pública de TV “ZDF”, enquanto a AfD ficou em terceiro lugar, com 13,4%.
Merkel adiantou que o seu partido fará uma “análise compreensiva” do que aconteceu e que tentará ganhar de volta os alemães que tradicionalmente votavam no seu bloco conservador e desta vez optaram pelos ultradireitistas. Segundo ela, a ideia é entender suas preocupações e seus medos, mas, principalmente, convencê-los com uma “boa política”.
Agora, conforme disse, a aliança buscará “conversas tranquilas” com “outros parceiros” para tentar formar uma coalizão de governo estável.