Bolsonaro e Haddad falam de polêmicas e democracia na Globo
Na última segunda-feira (8), os candidatos à presidência Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) foram entrevistados ao vivo pelo Jornal Nacional, tendo a oportunidade de falarem novamente sobre seus planos de governo e esclarecerem questões que se tornaram polêmicas durante a campanha do primeiro turno. A ordem das entrevistas foi organizada por um sorteio feito logo antes de chamarem o primeiro candidato e cada um teve pouco menos de 7 minutos para falar.
Entrevista com Haddad
Primeiro a ser entrevistado conforme o sorteio, Haddad agradeceu aos eleitores e também falou sobre mudanças de estratégias em seu plano de governo.
“É uma honra poder participar de um segundo turno de uma eleição presidencial, situação em que nós vamos poder confrontar apenas dois projetos. Vai ficar muito mais claro para você a natureza de cada um dos projetos”, disse Haddad em uma saudação inicial aos eleitores.
Questionado sobre a elaboração de uma nova Constituinte prevista em seu plano de governo e também a respeito da declaração de José Dirceu sobre “tomar o poder”, Haddad reconheceu que o PT mudou de posicionamento em relação à proposta da Constituição e dispensou a participação do ex-ministro petista em seu governo.
“Quanto à primeira pergunta, nós revimos o nosso posicionamento. Nós vamos fazer as reformas devidas por emenda constitucional”, explicou. “Quanto à segunda pergunta, o ex-ministro não participa da minha campanha, não participará do meu governo e eu discordo da formulação dessa frase”, acrescentou.
Entrevista com Bolsonaro
Já na entrevista de Jair Bolsonaro, o candidato do PSL iniciou destacando que a plataforma e a bandeira defendida por seu governo se baseia em uma passagem bíblica que ele considera significativa para o momento atual.
“O nosso compromisso baseia-se em João 8:32: ‘Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”, disse ele logo no início da entrevista. Bolsonaro também aproveitou para agradecer a todos os grupos que o têm apoiado, como líderes cristãos, trabalhadores do campo, caminhoneiros, policiais civis e militares, forças armadas e ao povo nordestino.
“Obrigado, família brasileira, que tanto clama para que seus valores sejam respeitados e mais ainda, para que a inocência da criança em sala de aula esteja acima de tudo”, destacou.
“Meu muito obrigado em especial à região Nordeste, que apesar de eu ter perdido lá, nunca alguém que fez oposição ao PT teve uma votação tão expressiva como eu tive”, acrescentou.
O candidato também aproveitou para desmentir o que ele classificou como fake news sobre sua campanha.
“Nós não pretendemos acabar com o Bolsa-Família. Muito pelo contrário, devemos combater as fraudes para que aqueles que realmente precisam possam ter um dinheiro um pouco maior”, disse. “Não pretendemos recriar a CPMF. Eu fui um dos que votou contra a CPMF no passado. Queremos um Brasil. Queremos um Brasil aberto ao negócio com o mundo todo, jogar pesado na questão da insegurança pública, fazer com que as mulheres se sintam protegidas no Brasil. Desta forma nós pretendemos governar o país e construir o futuro da nossa pátria maravilhosa”, acrescentou. Só não explicou sobre a questão do 13º salário, armamento, e abone de férias, que seu vice falou e que repercutiu mal na base.
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