Banco Central surpreende mercado ao manter taxa de Juros em 6,5% ano
O Copom (Comitê de Política Monetária), do BC (Banco Central), decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 6,5% ao ano em reunião nesta quarta-feira (16). O resultado interrompe a série de reduções da taxa, que estavam acontecendo desde agosto de 2016, quando a Selic era de 14,25% ao ano. De lá para cá, a taxa teve 12 reduções consecutivas, até atingir o patamar de 6,5% ao ano.
A decisão do Copom não era esperada pelo mercado, que projetava a redução da taxa para 6,25% ao ano. Segundo o Copom, “o cenário externo tornou-se mais desafiador e apresentou volatilidade. A evolução dos riscos, em grande parte associados à normalização das taxas de juros em algumas economias avançadas, produziu ajustes nos mercados financeiros internacionais. Como resultado, houve redução do apetite ao risco em relação a economias emergentes”.
O Comitê é formado pelos membros: Ilan Goldfajn (Presidente), Carlos Viana de Carvalho, Carolina de Assis Barros, Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso, Paulo Sérgio Neves de Souza, Reinaldo Le Grazie, Sidnei Corrêa Marques e Tiago Couto Berriel. A decisão de manter a Selic foi unânime.
O que é a Selic?
A Selic é conhecida como táxa básica de juros, porque a mais baixa da economia e funciona como forma de piso para os demais juros cobrados no mercado. A taxa básica de juros também serve como principal instrumento de para manter a inflação próxima da meta, que é de 4,5%. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas alternativas de investimento.
Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo.