Aumenta cenário de guerra entre Israel e Hamas após bombardeios
Desde domingo o número de foguetes lançados da Faixa de Gaza contra Israel já passa de 400. O enclave, governado pelo grupo terrorista Hamas rejeitou as tentativas de intermediação do Egito e afirma que continuará atacando. Do lado israelense, o sistema de defesa “Cúpula de Ferro” demonstrou falhas e impediu menos de 100 foguetes de caírem em seu território. Cidades na região sul, como Sderot, Ashkelon e Beersheba foram atingidas.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) reforçaram suas tropas e “estão preparadas para usar grande quantidade de força se necessário”, disse o porta-voz da IDF em comunicado. Baterias antimíssil e batalhões de infantaria da Brigada Givati foram enviados para a fronteira como reforços e teme-se que uma escalada da violência para uma nova guerra.
O Exército de Israel indicou que fez 150 ataques de represália contra posições palestinas. Foram bombardeadas desde o domingo mais de 70 posições militares das Brigadas Al Qassam e da Jihad Islâmica em Gaza.
O porta-voz do exército destaca que as milícias do Hamas e outros grupos armados palestinos têm mais de 20 mil foguetes e morteiros em seu arsenal de Gaza. Parte deles é de médio alcance e podem, eventualmente, atingir Tel Aviv e Jerusalém.
ONU diz que observa
O secretário-geral da ONU, Antônio Guterres, disse que a entidade acompanha de perto a situação e apela a todas as partes para terem “serenidade máxima”, afirmou o seu porta-voz, Farhan Haq. 4 palestinos foram martirizados e outros 8 ficaram feridos nesses ataques, enquanto um israelense foi morto e outro foi seriamente ferido por foguetes israelenses.
António Guterres pediu moderação e informou, através de um porta-voz da ONU, que o coordenador especial da organização, Nickolay Mladenov, está a trabalhar “estreitamente com o Egito e com todas as partes envolvidas para restaurar a calma”.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, convocou uma reunião de emergência dos responsáveis pela segurança para discutir a escalada de violência. Os jornais do país já comparam o número de ataques com a guerra de 2014, que durou sete semanas e deixou mais de 2000 mortos. A tensão entre Israel e o Hamas vinha crescendo desde março por conta dos protestos semanais, parte da chamada “marcha do retorno”, que exigia o acesso dos palestinos às terras que foram dadas ao Estado Judeu quando de sua fundação, em 1948. Com informações das agências