“Teoria da Evolução” tirou o espaço das Igrejas Evangélicas nas escolas
Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, foi envolvida em nova polêmica após a circulação de um vídeo nesta quarta-feira, 9, no qual ela afirma que a Igreja Evangélica “perdeu espaço na história e na ciência” quando “deixou” a Teoria da Evolução entrar nas escolas sem questioná-la.
Ainda não se sabe a data na qual o vídeo foi gravado, nem a duração total dele. O trecho exibido na internet tem 53 segundos e mostra Damares sendo entrevistada pela pastora Cynthia Ferreira, do portal “Fé em Jesus”.
“A Igreja Evangélica perdeu espaço na história. Nós perdemos um espaço na ciência, quando deixamos a teoria da evolução entrar nas escolas. Quando nós não questionamos, quando nós não fomos ocupar a ciência. A Igreja Evangélica deixou a ciência sozinha, caminhar sozinha, e aí cientistas tomaram conta dessa área e nós nos afastamos”, disse ao ser perguntada qual deve ser o papel da Igreja na política.
Citada pela ministra, a Teoria da Evolução, proposta por Charles Darwin, descreve o desenvolvimento das espécies que habitavam ou habitam o planeta Terra ( Mais não é Lei, e não passa de Teoria). De acordo com ela, os seres humanos e outros tipos de vida sofrem mudanças evolutivas de uma geração pra outra a partir de ancestrais comuns.
Damares Alves após ser anunciada como integrante do governo de Jair Bolsonaro, e ao assumir a pasta da Mulher, Família e Direitos Humanos, ela recebeu um grupo de apoiadores e afirmou, entre aplausos e gritos de apoio, em tom triunfante: “Atenção, atenção. É uma nova era no Brasil. Menino veste azul e menina veste rosa”.
A declaração fez com que ela fosse questionada por um vendedor de uma loja em Brasília se era menino ou menina por estar vestindo uma roupa azul. Na ocasião, Damares disse ter se sentido constrangida.
Ela também já afirmou ser contra o aborto, mas que não deve alterar a legislação que permite a prática nos casos de estupro, risco à vida da mãe ou feto anencéfalo. “O aborto apenas nos casos necessários e aqueles previstos em lei.
Mesmo nestes, eu tenho certeza que, quando é oferecida à mulher uma outra opção, ela pensa duas vezes. Essa pasta não vai lidar com o tema aborto, essa pasta vai lidar com proteção de vidas, e não de morte”.
Ao ser indicada, Damares Alves afirmou que se criou no país uma “falsa guerra entre cristãos e LGBT” e que a pasta vai enfrentar “seriamente” o problema.
“Se precisar, estarei nas ruas com as travestis. Se precisar, estarei na porta das escolas com as crianças que são discriminadas por sua orientação sexual. A violência contra qualquer pessoa, por qualquer motivação, vai ser prioridade do governo”, disse. Conteúdo creditado ao Estadão