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Eike o empresário mais rico do Brasil, acumula problemas, e foi do Céu ao Inferno

Eike Batista já foi o homem mais rico do Brasil, com fortuna estimada em US$ 30 bilhões, e disse que seria o mais rico do mundo até 2015 (chegou a ser o sétimo, em 2012). Com a crise que abalou seu império em 2013, o empresário teve que cortar custos e se desfazer de bens. Em entrevista recente, disse que voltou à classe média. Clique nas fotos acima para ver o que Eike vendeu ou perdeu ao longo da crise.

O empresário vendeu seu carro esportivo Lamborghini Aventador 2012, semelhante ao da foto, que ficava estacionado na sala de estar de sua casa, no Rio de Janeiro. De acordo com o site da revista “Veja”, o carro foi vendido para uma loja de Goiânia, a M3 Motors.

Em setembro de 2013, Eike tentou vender o Pink Fleet, navio cinco estrelas que era alugado para eventos sociais e corporativos na baía de Guanabara, no Rio. O iate tinha custos mensais estimados em R$ 300 mil. Sem comprador, foi levado a um estaleiro em São Gonçalo (RJ), desmanchado e vendido como sucata.

Eike o empresário mais rico do Brasil, acumula problemas, e vai do Céu ao Inferno

O empresário colocou à venda em um site seu jato particular Legacy 600, o segundo melhor da sua frota. O avião transporta 16 passageiros e tem cozinha, dois banheiros e guarda-roupa. Comprado em 2008, o avião foi colocado à venda por US$ 14 milhões.

Em fevereiro de 2014, o grupo europeu Acron anunciou seu primeiro investimento no mercado brasileiro com a compra do hotel Glória, que era controlado pela empresa imobiliária de Eike, a REX. O hotel cinco estrelas de 352 quartos foi inaugurado em 1922 e comprado por Eike em 2008, por R$ 80 milhões. Na foto, imagem do projeto do imóvel após revitalização.

A Marina da Glória, no Rio de Janeiro, foi vendida para a BRM Holding de Investimento Glória. A marina era controlada pela MGX Empreendimentos Imobiliários e Serviços Náuticos, de Eike. Os valores da operação não foram divulgados.

Eike o empresário mais rico do Brasil, acumula problemas, e vai do Céu ao Inferno

Em crise financeira, o grupo EBX deixou de alugar o tradicional edifício Serrador, no centro do Rio, e voltou para sua sede original, na praia do Flamengo. O grupo também cortou funcionários: de 470 no auge para pouco mais de 50.

A petroleira criada por Eike (antiga OGX, atual Óleo e Gás Participações) colocou à venda, em março de 2014, em um site de leilões pouco mais de 700 itens de escritório. Nada escapou: xícaras de café com o logotipo da OGX saíram com lance inicial de R$ 30; também foram postos à venda potes, taças, talheres, pratos, pires, velas, bandejas, cortinas, uniformes, garrafas térmicas, escorredores de louça e até um chuveiro.

No começo de 2014, a petroleira criada por Eike (antiga OGX, atual Óleo e Gás Participações) teve que devolver oito áreas de exploração de petróleo para a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural de Biocombustíveis (ANP). A agência negou o pedido da empresa para prorrogar o período exploratório das áreas.

A mineradora MMX, de Eike, vendeu 65% do Porto Sudeste à holandesa Trafigura Beheer e ao fundo soberano de Abu Dhabi, Mubadala. A Porto Sudeste do Brasil S.A. (antes chamada MMX Porto Sudeste) é dona de um terminal portuário de minério de ferro de mesmo nome em Itaguaí, no Rio, do terminal de contêineres Sepetiba e da Pedreira Sepetiba.

Eike o empresário mais rico do Brasil, acumula problemas, e vai do Céu ao Inferno

Eike transferiu 10,52% das ações da mineradora MMX para a Mubadala, fundo estatal de Abu Dhabi, e perdeu o controle absoluto da companhia, com redução de sua participação de 59,3% para pouco menos de 49%. A transferência faz parte da reestruturação do investimento do fundo árabe no grupo EBX.

Eike vendeu o controle da LLX, companhia de logística do grupo EBX, para a norte-americana EIG, uma gestora de fundos de investimento especializada nos setores de energia e recursos relacionados a infraestrutura. O acordo incluiu investimento de R$ 1,3 bilhão da EIG em troca do controle da companhia, que foi renomeada para Prumo Logística.

O empresário também vendeu o controle de sua empresa de energia elétrica, MPX, para a alemã E.ON, numa operação de cerca de R$ 1,5 bilhão e que previa ainda uma capitalização de R$ 1,2 bilhão na companhia. A participação da E.ON passou para 36,2% e a de Eike, caiu para cerca de 24%. A companhia foi renomeada para Eneva.

Eike também vendeu o controle da petroleira OGX, que era a menina dos olhos de seu império. Ele fechou um acordo com os credores da empresa para converter dívida em ações e, ainda, garantir uma injeção de até US$ 215 milhões para manter a empresa em operação.

Eike vendeu os 33% que detinha na SIX Semicondutores para o argentino Eduardo Eurnekian, da Corporación América. A SIX é uma joint-venture com IBM, BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o banco de fomento de Minas Gerais.

O Instituto EBX, divisão de investimentos socioculturais do grupo comandado por Eike Batista, suspendeu o repasse de R$ 1,8 milhão por ano para o Museu das Minas e do Metal, na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte. O museu e seu acervo foram transferidos para o governo de Minas Gerais, num repasse estimado em R$ 30 milhões.

A petroleira de Eike cancelou convênios que tinha com a Secretaria de Segurança do Rio para financiar o projeto de Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) das favelas cariocas. Os convênios, assinados em 2010, garantiam investimentos de R$ 20 milhões por ano para as ações da Coordenadoria de Polícia Pacificadora.

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