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Campanha difamatória da TV portuguesa contra Universal, é rebatida pela IURD

A emissora portuguesa TVI começou a veicular nesta segunda-feira uma série de reportagens que envolvem a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) em um suposto esquema de tráfico de crianças em Lisboa. A igreja nega as acusações e afirma que a TV promove uma “campanha difamatória” contra a instituição (leia a nota no final da reportagem). Há alguns dias vem sendo divulgado, inclusive, que os netos de Edir, Louis e Vera, teriam sido “roubados” e registrados ilegalmente em solo brasileiro. A IURD gravou um vídeo com os dois, onde eles têm a oportunidade de se explicar.

“A TVI está dizendo coisas a nosso respeito que não são verdadeiras. Estão dizendo que nós fomos raptados pela cúpula da Igreja Universal, mas não fomos raptados. Fomos adotados de uma forma legal, por uma família americana e vivemos até os 20 anos com essa família nos Estados Unidos”, disse Louis Carlos de Andrade.

“Não é justo o que estão fazendo com a gente, comigo e meu irmão. Deveriam pelo menos nos respeitar e com certeza o jornalismo da TVI perdeu qualquer credibilidade. Vou exigir meus direitos por me sentir lesada e desde já proíbo que minha imagem e meu nome seja divulgado na TV ou em qualquer outro meio social”, falou Vera de Andrade.

Campanha difamatória

Em nota, a Igreja Universal do Reino de Deus classificou a série da TV portuguesa como “mentirosa” e acusou a emissora de “promover uma campanha difamatória” que a instituição “não pode tolerar”.

Ainda de acordo com o texto da IURD, a TVI baseou a série em relatos de Alfredo Paulo Filho, ex-bispo da igreja, que foi expulso da instituição após “condutas impróprias que tornaram insustentável a sua permanência na Igreja Universal do Reino de Deus”.

“Ressalvamos que os bispos e pastores têm de manter um comportamento moral irrepreensível, o que não foi o caso de Alfredo Paulo Filho, que assumiu, ele próprio, ter falhado em seus compromissos, nomeadamente com a sua família, com os fiéis e com a Igreja”.

Ainda segundo a nota da IURD, o ex-bispo foi condenado pelos tribunais brasileiros a pagar 1,7 milhão de reais de indenização para a igreja, por danos morais. A IURD afirma que Alfredo Paulo Filho seria preso caso tentasse retornar ao Brasil e atribui a ele a ele as denúncias que embasaram as reportagens da TV portuguesa.

“Alfredo Filho tem promovido uma campanha altamente caluniosa e falsa, fazendo tábua rasa do acordo que havia assinado, quer relativo à Universal, quer relativo aos seus bispos, pastores e colaboradores, questionando toda a comunidade da Igreja Universal”, diz a nota. “Ele resolveu prosseguir essa campanha ofensiva e atentatória à credibilidade e prestígio da instituição nas redes sociais e, mais recentemente, também na televisão.”

Sobre as acusações presentes nas matérias, a Universal informou que todas as adoções foram autorizadas pelo Tribunal de Família e Menores de Lisboa. “Aliás, a matéria que será veiculada fala em adoções ilegais decididas pelos tribunais, o que é um evidente contrassenso”, afirma a IURD no texto.

“Alguns dos agora adultos que foram então adotados já nos contataram e gravarão um depoimento que esclarecerá se foram ou não raptados, e em que condições se encontram.” A IURD informou ainda que “os culpados por essa campanha irão ser chamados à Justiça, onde o assunto será tratado”.

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